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"Agrada-te do Senhor, e ele satisfará os desejos do teu coração. Entrega o teu caminho ao Senhor, confia nele, e o mais ele fará."


Salmo 37:4-5.





terça-feira, 15 de março de 2011

Islamismo e evolução


Veja uma reportagem que saiu no jornal Folha de S.Paulo no dia 12 de março deste ano falando sobre a aceitação da evolução pelos islâmicos.

Resistência islâmica à evolução é recorde

Menos de 10% dos egípcios e apenas 15% dos paquistaneses aceitam teoria de Darwin

Ricardo Mioto
Enviado especial a Washington

"No que se refere à aceitação da evolução, o Texas, reduto conservador e cristão dos EUA, é um paraíso em relação aos países islâmicos.
Um estudo apresentado por um paquistanês nos EUA mostrou forte desprezo pelas conclusões da paleontologia e da geologia nas regiões muçulmanas do mundo, que abrigam mais de 1 bilhão de pessoas. O senso comum nesses lugares é que a configuração dos continentes e as espécies são as mesmas desde que Deus criou o mundo.

Menos de 10% dos egípcios dizem que a teoria da evolução é verdadeira. Na Turquia, o número é de cerca de 20%. No Paquistão e na Indonésia, chega a 15%.
Em países como a França, a Dinamarca e o Japão, esse valor beira os 80%. Nos Estados Unidos, país ocidental pior posicionado no ranking, é de 40%. No Brasil, pesquisa Datafolha do ano passado mostrou que 60% dos entrevistados acredita na evolução, mas com uma "mãozinha" de Deus.
Salman Hameed, que hoje é professor no Hampshire College, acha que a coisa pode ficar ainda pior nos países islâmicos. O perigo tem nome, diz: Richard Dawkins.
Mais muçulmanos tendo contato com as ideias de um biólogo evolucionista que defende, em seus livros, a beleza da seleção natural poderia ser ruim?
Para ele, sim. "A evolução é um conceito relativamente novo para maioria dos islâmicos. Se eles começarem a relacioná-la com o ateísmo, vão fugir de Darwin."
Hameed defende que a evolução deve ser levada aos países islâmicos devagar, tomando cuidado para que ela não seja associada demais pelos habitantes desses lugares com o Ocidente.

"Seria ruim se a evolução virasse símbolo de uma modernidade ocidental. Devemos evitar que ela seja ligada a tudo que eles consideram ruim sobre o Ocidente, como uma cultura materialista."
A aceitação da evolução nos países islâmicos tem nuances, porém. Essas populações têm muita restrição, por exemplo, ao nome de Charles Darwin. "É possível que muitos muçulmanos até aceitem as suas ideias, mas só se forem apresentadas a elas sem que se cite Darwin."
Por outro lado, quase nenhum islâmico têm problemas com a ideia de a Terra ser muito antiga. O Corão, como a Bíblia, fala em criação da Terra em poucos dias, mas deixa claro que cada "dia" desses pode ter levado um grande número de anos."

Folha de S.Paulo, 12 de março de 2011, página C9.

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